A reasonable doubt

Eu não ia falar nada, mas

Toda vez que fazem grande esparro sobre um crime, como esse caso da Isabela, em que cada detalhe das investigações é esmiuçado exaustivamente na mídia, deixando os espectadores a par de tudo - o que, às vezes, significa deixar sempre e cada vez mais espaço pra questionamentos das evidências -, fico pensando em invadir o júri e inocentar os acusados. Culpa de Henry Fonda, que em 12 angry men levantou tantas possibilidades de inocência do acusado, pondo em dúvida cada uma das evidências, que eu fico pensando se não passou um trem ao lado do edifício quando o vizinho disse ouvir os gritos, que o sangue podia estar no chão e na camisa desde sempre, que as marcas da rede na camisa surgiram depois do acidente, com o pai se espremendo contra a proteção em desespero por ver a filha caída no solo, tentando em vão alcançá-la. Todas as evidências, me parece, seriam tão bem explicadas por Henry Fonda que nenhum jurado condenaria ninguém. Jamais.

Tudo questão de se criar uma dúvida razoável. Que, pra mim, ainda existe. E se amplia conforme se investiga.

Chicago

http://gustavorofer.muxtape.com/
http://gustavorofer2.muxtape.com/

Uploads do CD que ganhei na Broadway. LOLs
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Então, não sei se vocês sabem, mas estou todo metido por ter ido à Broadway assistir ao coolest musical evah na minha opinião e na de todos aqueles que não precisam de terapia e jamais tentaram o suicídio. Quando me perguntam qualquer coisa, tenho respondido com trechos das músicas, especialmente das que não estão no filme, pra que ninguém nunca entenda o que eu quis dizer com minhas mensagens profundas, porque nobody's got no class. E às vezes não entendem porque a resposta não faz sentido, mesmo; é só uma citação aleatória:

"Gustavo, tudo bem?", "'Bout as happy as babies can be"; "Que bom! Como vai a família?", "In fact, you're just disgusting"; "Que agressivo, rapaz", "Every son of a bitch is a snake in the grass"; "Tá doido?", "You will see the robins, not the crows"; "Bom, tô indo embora", "They were scratching my back cause I was scratching theirs" (...) "Voltei. Essa é a Maria", "Hello, suckers. Welcome back. Uh, you wanna button your fly?" etc.

E eu me regozijo, feliz, por ser tão abençoado de ter visto those two scintillating sinners ao vivo. I'm a guy who lands on top.

And God bless you, God love you, and all that jazz.

Achei bem inteligente a propaganda

Bem-bolada!*

*Texto roubado de comentarista no vídeo, vai lá olhar.

Depois de quatro meses fora do país, vi o Arnaldo Jabor falar besteira na TV ainda na primeira semana da volta. Saudades do Stephen Colbert.

Ain't there no decency left?

A situação, no Brasil, piora conforme se sobe na - Deus me perdoe o uso da expressão - escala intelectual. O que acontece no top - do qual sou o bottom, com a Graça Divina - é a aceitação cega de quaisquer novos messias, qualquer idéia nova. Todos são agnósticos quanto a tudo, e o agnosticismo é a permissão de tudo, a perigosa reação covarde para não ferir, ou mesmo proteger, o pecador, em detrimento da vítima.

Este post seria um tantinho maior, mas estou muito ocupado ouvindo "Class" repetidamente pra continuar a falar, mas acho que vocês vão entender sozinhos que não estou falando de religiões mesmo, que tudo é uma metáfora. Se não entendeu, não merece a vida que te foi dada, por Deus ou pelo acaso, sei lá, que sou covarde demais pra julgar.

Homofobos nao so gays enrustidos

Essa mania que os gays têm de dizer que os homófobos são gays também faz tanto sentido quanto dizer que eu sou um pimentão enrustido.

Ou uma cebola.