Sábado passado, vocês lembram, era véspera de eleições. Minha mãe e eu travamos um diálogo mais ou menos assim:
Ela: E então, Gustavo, já decidiu em quem vai votar?
Eu: Não vou votar em nenhum, mãe. São iguais e seria injusto favorecer qualquer um deles.
Ela: Não são iguais. O Alckmin usa o tipo de penteado mais ridículo de todos, esconde a careca com um tufo de cabelo da lateral. Se esconde a careca, imagina o que esconde no bolso!
Eu: Mas o Lula esconde a cara por trás da barba, mãe.
Ela: O Lula pelo menos não tem as mãos cheias de dedos.
Pensei em dizer que se com nove já fazia tanta coisa, é porque era realmente competente (a competência de um político se mede pelo dinheiro que desvia assim como a de um jogador de futebol pelo número de gols que marca e a de um pescador pelo número de marlins que pescou), mas seria assumir minha derrota, coisa que não faço barato.
Também me calei porque ela tinha feito um tipo de carne ao vinho, e é errado falar de boca cheia. Nham!
*Título descaradamente roubado do Rodrigo de Lemos, do Chá das Cinco. Tem o link aí na coluna ao lado, ok?
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