O taoísmo é a primeira religião fundada com base nas palavras dos três irmãos-profetas Lao, Mao e Tao Tsé Tung (especialmente neste último, que rendeu o nome da religião), embora tenham dela derivado o Laoísmo e o Maoísmo, em que as visões dos irmãos mais novos prevalecem.
Apesar de serem três religiões distintas atualmente, seu tronco era comum, e tentava aliar as idéias dos três. Dessa forma, as idéias do mais velho, Lao Tsé (e seu nome significa justamente "velho mestre" ou, como seus irmãos preferiam, "mestre velho"), e de seu irmão-entidade, Tao, que pregavam a recusa a qualquer autoridade e o equilíbrio em todos os aspectos da vida, precisavam fundir-se com as idéias de Mao, que pregava que toda autoridade é ruim, exceto a dele.
Iludidos pela exceção que confirma a regra, Lao e Tao aceitaram a imposição de seu caçula nos primórdios de sua pregação. Espalharam por toda a China, os três, suas palavras misturadas e confusas, mas, como os chineses têm zero de senso crítico (isso somado ao fato de, na época, qualquer broto de bambu dar origem a religiões respeitadas), não questionaram os acréscimos de Mao, e começaram a segui-lo como líder maior dentre os três irmãos.
Aos poucos, Mao se acostumou a ser visto como o maior representante de Deus na terra, pois, embora seu coração soubesse que suas ordens e seu autoritarismo o afastassem de Deus, e o Senhor já raramente conversasse com ele - fazendo-o apenas para admoestá-lo -, seu cérebro e seu corpo se acostumaram aos sim-senhores e aos tronos e travesseiros de plumas de ganso.
Seus irmãos, únicos responsáveis por controlar sua ânsia por poder, por serem mais velhos - Lao era 25 anos mais velho que Mao, e Tao 5 mais velho que Lao (de onde a disputa sobre a legitimidade de Mao como filho de Hao Tung, pai dos dois mais velhos, que morreu, como o pai de Gargântua, a 11 meses do nascimento do menino Mao, embora não se pretenda aqui questionar a honestidade da senhora Lin Tsé) -, morreram um pouco antes de Mao (aproximadamente 2065 anos antes, segundo o historiador Sima Qian), e o profeta da verruga, como era conhecido, teve espaço para ampliar seus poderes além do que jamais sonhara.
Aos poucos pedia céus e terras a cada um de seus seguidores, e, embora todos conseguissem um punhado de terra para doá-lo, ninguém jamais conseguiu sequer um pedaço de céu - e a punição para quem não cumpria suas ordens era a morte. Dessa forma Mao matou cerca de oito milhões de chineses, homens e mulheres (diretamente, com escopetas turbinadas, ou nas viagens ao espaço que seu povo fazia em busca dos pedaços de céu).
Outras dezenas de milhões foram mortos durante o "grande salto para a frente", que foi um evento decorrente da "carismatização" do Taoísmo. Nessa época surgiu pela primeira vez o epíteto "Maoísmo", recusado por Mao por não ter o apelo dos três irmãos-profetas. "O grande salto para a frente" foi a reunião, numa manhã de domingo, de todos os Taoístas da China, que juntos louvaram e ergueram as mãos, em coreografia inventada pelo próprio Mao e por seu auxiliar, o Pr. Ricardo.
Numa das músicas, o "frevo para o Senhor", um dos passos incluía um grande salto para a frente, evocado na própria letra da canção. O problema é que o solo da Praça da Paz Celestial, naquele tempo, era ainda muito irregular, e milhões de Taoístas tropeçaram no solo ou uns nos outros, formando uma montanha que soterrou em carne, estima-se, pelo menos 30 milhões de fiéis, matando a maioria e deixando outros milhões de feridos - que, até hoje, lutam por suas pensões.
Pouco tempo depois, Mao morreu, e então retornou com mais intensidade a expressão Maoísmo, já que ninguém mais queria lembrar de Tao ou de Lao - apenas do dia glorioso em que "milhões de pessoas se abraçaram na paz de Deus", como é costume dizer na China. Até hoje os chineses seguem os passos de Mao, e sonham com o dia em que se reunirão novamente para se abraçar em Deus.
Ninguém na China segue mestre algum que não seja o líder de Mao, conhecido no exterior como "presidente".
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