24 setembro, 2006

Nunca pensei que diria isso, mas

Obrigado, Lya Luft. Não por você, claro, que te detesto, mas por "Sua Alteza Real".

O príncipe Klaus Heinrich é um dos personagens mais distintos que conhecerei em toda a vida, menos apenas que Albrecht, seu irmão, o grão-duque. Imma Spoelmann terá eternamente os maiores olhos e os livros mais belos, Ditlinde cultivará sua filha como cultivava suas flores no castelo e seu marido ficará eternamente corado ao lembrar de sua turfa ou ao trabalhar com ela. Samuel Spoelmann terá sempre sua graciosa rabugice e a Condessa Löwenjoul jamais será esquecida, alternando eternamente em minha lembrança a altivez da nobreza e o olhar maldoso da loucura.

Percival, o collie, também será lembrado por sua alegria e nobreza e a roseira do Castelo Velho terá, para mim, perdido definitivamente o cheiro de mofo. Os lacaios manterão sua imagem malévola e o Dr. Überbein repetirá incessantemente que Klaus Heinrich está "nos píncaros da humanidade".

Mesmo o jornal, O Mensageiro, será lembrado com carinho, e o povo, de zigomas salientes e tão bondoso, o povo será sempre o meu ideal de povo.

Errei, no entanto, quando agradeci a Lya Luft em primeiro lugar. Tenho que, antes, agradecer a Thomas Mann. Você, meu caro, acaba de entrar no meu círculo de autores favoritos.


E assim termina o conto de fadas:

"Será que nada sabe da vida aquele que sabe do amor? Esse deve ser nosso objetivo daqui por diante: as duas coisas, nobreza e amor... uma severa felicidade"

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