30 novembro, 2006

FUJAM DE MIM, SOU PUNK































Descobri este mês que gosto do ritmo.

29 novembro, 2006

Pequenas infrações










D pr´xm vz scrv sm vgs.

25 novembro, 2006

Fábrica de títulos

O bom escritor, em geral, se preocupa com seus títulos. Apesar de não ser um bom escritor ainda, eu me preocupo com eles desde já. Por isso tenho preparados três títulos para meus três primeiros romances, vejam vocês:

A fantástica história do menino que queria ser peixe

Para esse título já tenho dois parágrafos escritos:

Ele nascera com guelras em seu pescoço e, disse-lhe sua fada madrinha quando completou três meses, ia se tornar peixe ao completar oito anos de idade. Isso, no entanto, não o incomodava, pois sempre teve como passatempo preferido nadar e, se ele se tornasse peixe, poderia nadar todos os dias, o dia inteiro. Seus dedos eram ligados até a metade, nas falanginhas, como fossem dedos de alguma ave aquática. Suas mãos eram extraordinariamente grandes para uma criança na sua idade e seus pés eram praticamente planos. Sentia-se na água mais em casa que em terra, até que, aos sete anos, seus pais perceberam que se ele fosse morar na água não teriam mais o mesmo contato com o filho que amavam de todo o coração e começaram a chorar tanto que o menino nadou em suas lágrimas que escorriam porta afora torrencialmente. Foi mesmo difícil para ele manter-se na sala de casa, pois a correnteza era forte e as lágrimas espessas como óleo.

A fada madrinha, sempre prestativa, disse aos bons pais que ele poderia morar num aquário dentro de casa e que seus pais poderiam levá-lo em uma sacolinha quando viajassem no natal para a casa da tia Joquinha, e nesse momento, de tão felizes que ficaram seus pais, suas lágrimas correram no sentido contrário, quase levando o menino para o interior dos olhos de sua mãe. O menino tentou, depois da confusão, argumentar que não caberia numa sacola, mas sua fada disse que arrumaria uma sacola bem grande em que ele coubesse com alguma folga, e transparente, para que ele não perdesse o contato com o mundo. Dessa forma, todos ficariam satisfeitos, pois o menino moraria na água, seu hábitat ideal, e seus pais continuariam a vê-lo todos os dias de sua vida, na sala de casa ou na casa da tia Joquinha.


Algo estranho no travesseiro de tia Ann" e "De como nasceu uma flor no nariz do capitão" são os outros dois títulos que fiz para outros dois romances.

Talvez todos esses romances virem contos no meio do caminho, como já aconteceu várias vezes, então terei que misturar os três contos num único livro, mas vai ser bonitinho. Quero uma capa bem divertida, como aquelas da Penguin.

24 novembro, 2006

Aviso aos leitores

O blog agora tem uma nova função instalada: descendo um pouco pela barra de rolagem, logo abaixo dos comentários recentes, vocês vão encontrar trechos de textos recentes de blogs. Na estréia, I lie, you like, Alexandre Soares Silva, A Vida de Tiago A., Noodle BS, Vida Mais ou Menos e Opinião Popular e Colorina. Divirtam-se com eles.

Atualizarei sempre que possível.

22 novembro, 2006

Movie a minute III

What Ever Happened to Baby Jane?

Bette Davis (Julie Allred):

Eu sustento a família.

Joan Crawford:

Agora sou eu quem sustenta.

Bette Davis MALTRATA Joan Crawford. Joan Crawford MORRE e Bette Davis DANÇA.

19 novembro, 2006

Cinema brasileiro de qualidade

Falei com a Cammy para fazermos um filme. Ela sugeriu que fizéssemos um gore, eu insisti num musical. Conclusão: enquanto cantam, os atores arrancam um por um os órgãos vitais dos outros.

____
Alguém precisa falar pra Rita Lee que ela é brega, que ela só deveria usar essas roupas em 2048, quando o mundo for mais tolerante a essas aberrações.

Ninguém nunca avisou a coitadinha, e só por isso ela continua usando aquelas coisas estranhas. Inocência dela e falta de boa vontade dos fãs. Se eu tivesse fãs, adoraria que eles me dissessem "Gustavo, você está se excedendo".

E aproveitem que vocês são fão da Pitty também e digam a ela que ela é mais ridícula que a Rita.

Obrigado.

13 novembro, 2006

Nunca fui plagiado

O Frost foi plagiado há pouco, o Flávio idem, todo o resto do mundo também. Menos eu. Interpreto isso como falta de amor por mim.
____
Ah, apesar de ter assistido hoje a um filme com os irmãos Marx, estou rindo muito. Assisti "the meaning of life", do Monty Phyton, também. Ruim e excelente, nessa ordem.
____
A sua avó

Sabe aquela sua avó boazinha, que faz sorvete e bolo quando você a visita, que não liga de você pôr os pés no sofá? Então, é idiota.

Não hoje, isso não! Hoje ela é a avó boazinha, que faz sorvete e o resto você já sabe, mas quando ela era jovem era uma besta. Acontece que eu tomo como padrão de pessoa normal eu mesmo, e percebi que com o tempo ficamos menos permissivos, afinamos nossos gostos para livros, músicas e tudo-o-que-você-puder-pensar (mulheres inclusas).

Eu mesmo já gostei Sidney Sheldon, confesso ter lido cinco livros dele, mas faz tempo, muito tempo, e tudo era bom naquela época. Eu era permissivo. Exatamente como a sua avozinha. Eu gostava de tudo, mas filtro cada vez mais os meus gostos e hoje já sei diferenciar o muito ruim do muito bom, deixando uma margem imensa de coisas médias flutuando.

Acredito que, quando envelhecer mais um pouco, as coisas médias de hoje serão ruins pra mim. Quando acabarem as coisas médias, as muito boas também vão entrar na coluna das muito ruins e, aos poucos, se eu viver por oitenta anos, vou achar ruins até os livros e filmes que ocupam o topo da minha lista.

Todo velho ranzinza foi um jovem esperto, e isso faz com que eles mereçam mais respeito que os velhos bonzinhos, que tinham minhocas na cabeça e assistiam vibrando a limite vertical, que arremedavam os atores enquanto comiam pipoca jogando-as para o alto e rindo efusivamente.

Eu quero ser um velho ranzinza, do tipo que fica enojado com um beijo do neto e acha que ele é leviano demais. Só assim ficarei feliz por ser tão espertinho quando jovem.
____
P.s.: sem filminho por hoje. A caixinha de vídeo do youtube é feia demais pra ser tão freqüente por aqui.

P.s.2: lamentarei eternamente o nascimento de Harpo, Chico e Zeppo. Groucho só os punha nos filmes pra não perder a mesada que a mãe lhe dava com essa condição.

10 novembro, 2006

A crítica como ela é



Er, ao menos deveria ser.

09 novembro, 2006

08 novembro, 2006

Pigmaleão e Galatéa

Acho que me apaixonei por este post.
____
Hoje de madrugada assisti "Os homens preferem as loiras". A imagem estava tão nítida que eu pensei tê-la vista em tamanho real na minha televisão de catorze polegadas e, enquanto cantava "Diamonds are girl's best friend", com o vestido rosa e preto e depois com aquela coisa que lembra um espartilho, mas é muito mais que isso quando falamos de Marilyn, olhava pra mim e me chamava pra ir à Tiffany's com ela e a Audrey e gravar num anel de brinde de biscoito nossas iniciais. As três: MGA.

Obrigado, Globo.

04 novembro, 2006

Ajudem-me

Minha mãe me mandou assistir "Inferno na Torre", mas o título me repele. Alguma sugestão?

02 novembro, 2006

Texto iniciado com ponto-e-vírgula

; vejam como sou pós-moderno, termino tudo sem ponto final,

01 novembro, 2006

The wit and wisdom of minha mãe*

Sábado passado, vocês lembram, era véspera de eleições. Minha mãe e eu travamos um diálogo mais ou menos assim:

Ela: E então, Gustavo, já decidiu em quem vai votar?
Eu: Não vou votar em nenhum, mãe. São iguais e seria injusto favorecer qualquer um deles.
Ela: Não são iguais. O Alckmin usa o tipo de penteado mais ridículo de todos, esconde a careca com um tufo de cabelo da lateral. Se esconde a careca, imagina o que esconde no bolso!
Eu: Mas o Lula esconde a cara por trás da barba, mãe.
Ela: O Lula pelo menos não tem as mãos cheias de dedos.

Pensei em dizer que se com nove já fazia tanta coisa, é porque era realmente competente (a competência de um político se mede pelo dinheiro que desvia assim como a de um jogador de futebol pelo número de gols que marca e a de um pescador pelo número de marlins que pescou), mas seria assumir minha derrota, coisa que não faço barato.

Também me calei porque ela tinha feito um tipo de carne ao vinho, e é errado falar de boca cheia. Nham!

*Título descaradamente roubado do Rodrigo de Lemos, do Chá das Cinco. Tem o link aí na coluna ao lado, ok?