30 março, 2006

Mania boba.

Tenho a mania boba de seguir as pessoas na rua até que se irritem comigo e façam escândalos ou até correrem para bem longe de mim. Noutro dia, entretanto, vinha eu muito feliz pela rua quando deparei com uma garota franzina, de uns quinze anos, seguindo o mesmo caminho que eu, embora na minha frente. Maldosamente, comecei a segui-la em cada passo que dava, ritmando o meu andar com o dela. Como sou mais alto, e portanto meus passos são mais largos, tive de controlá-los até em seu tamanho , diminuindo o espaço que meu andar cobria, tentando igualar com o da franzina.
Ela, provavelmente apercebida da perseguição, apressou um pouco seu caminhar, o que pra mim foi realmente feliz, pois pude voltar a meu ritmo comum de caminhada. Muito irritada, a franzina começou a correr desesperadamente, chegando mesmo a fazer círculos em torno de mim, como que ameaçasse alguém com aquela cara de fome.
Vendo que eu não reagira àquela ameaça tola, prosseguiu no seu caminhar. Até que chegou a um precipício, Quero ver se me segues até aqui, e pulou abismo abaixo, Dessa vez, pensei, perdi a brincadeira.
O corpo da menina foi encontrado no dia seguinte, com resquícios de sêmen na boca e no ânus.
Juro que não fui eu. Acho, inclusive, nojento.

26 março, 2006

Escolhas certas.

Não sei que mania tola é essa das pessoas a de dizer que não se arrependem de nada ou só se arrependem do que não fizeram. Comigo acontece bem diferente. Costumo me arrepender das minhas más escolhas. Se eu pudesse voltar no tempo eu não faria tudo igual. Mudaria, por exemplo, a minha preferência pelo Scorpion no lugar do Sub Zero, no Mortal Combat. O Sub era muito mais legal, estiloso, com aquela roupa azulzona. Como eu era idiota!
Mas enfim, existem pessoas que, se pudessem "voltar atrás" continuariam mijando na cama até os doze anos, porque foi "uma experiência válida". Para mim, uma experiência só tem validade por dizer "isso é bom, isso é mau". Usar fraudas aos doze anos é muito, muito mau. Mudaria isso, se tivesse feito xixi (mais singelo) na cama até os doze. Diga-se de passagem, sempre fui da opinião de que apenas as experiências boas devem ser repetidas. Eu não gostaria de ser preso duas vezes ou estuprado duas vezes - sequer uma vez. Em ambos os casos, acho que são experiências desnecessárias. Dizem, no entanto, que há males quem vêm para bem. Alguém deve sonhar em viver essas experiências. Eu prefiro os bens que vêm para bem. Acho mais divertido.
Se eu tivesse o poder de alterar meu passado, eu não teria assistido Faustão pela primeira vez. Não foi uma "experiência válida". Foi desnecessária, supérflua, eca! A propósito, e vocês devem concordar, tudo o que envolve gordos é desnecessário - Faustão, Jô Soares, Gilberto Barros. Tudo lixo.
Quanto às coisas que escolhi não fazer, bem, não mudaria muitas não. Escolhi não ser gay, não ser comunista, não ser relativista. As coisas que a gente escolhe não fazer são sempre as mais repulsivas de todas. Por isso não fazemos. São escolhas óbvias a que nem nos damos o direito da dúvida. Somente idiotas se arrependem do que não fizeram, a não ser que o "não fazer" seja escolher o Sub Zero, não assistir aos gordos, não ser gay nem comunista. Escolhas que na verdade ninguém "não faz", mas "faz" o contrário, por serem muito repulsivas. E ninguém discorde disso. Ou vou me arrepender de ter escrito.

23 março, 2006

Sobre Barbies e democracia.

Outro dia, andando pelos conturbados corredores do CAC, ouvi de soslaio - se é que se pode ouvir de soslaio, mas entenda, inventei um novo uso para a palavra - um rapaz, que eu jurava ser comunista, dizendo que "se quiser chamar a Barbie de Ken, eu chamo. Isso é democracia".
Depois de muito lucubrar sobre essa tão bela frase, que deveria constar nalgum livro de citações bizarras - olhem o significado de bizarro no dicionário, tá? Não é nada do que estão pensando, maldosos -, decidi que ia escrever aqui sobre isso, enquanto não me ocorre uma tática pra não perder o tesão com os babacas - Frost, me ajuda!
Pois bem, pensei muito nessa donairosa frase - pronto, revelei o significado oculto de bizarro. Se você não sabe o que é donairoso, olhe no dicionário, por favor. Já estou digredindo demais no curso de meu texto. Volto a falar de democracia.
Continuando. Ideei mesmo fazer um tratado sobre democracia, mas lembrei-me de que todos os tratados são escritos por pessoas descaradamente desocupadas e eu, embora desocupado, faço pose de homem responsável e cheio de ocupações. Escrevo apenas alguns apontamentos interessantes sobre a bela frase.
Realmente achei interessante essa opção, "chamar a Barbie de Ken", apesar de que se fosse eu o autor dela, ele seria notadamente mais, hã..., mais singela: "tratar por Ken a Barbie". Gosto mais do som desta última frase. E "tratar por" dá um ar machadiano digno dos pseudo-intelectuais.
A idéia de ver a Barbie como um "macho" não me agrada, de verdade, pois eu teria sido enganado toda a infância por um traveco nojento. E ser enganado por travecos nojentos não é o sonho de nenhum homem, mas o que me chocou mesmo foi saber que "democracia é chamar a Barbie de Ken". Chamar a Barbie de Ken seria algo isolado e fugiria completamente às regras da democracia - governo do povo, algo a que me oponho ferrenhamente por ser rico, muito rico. Seria anarquia. E não seria qualquer tipo de anarquia, pois isso não seria aceito no anarco-sindicalismo, por exemplo, um tipo de anarquismo cheio de regras. Só no "anarquismo absoluto" (termo inventado por mim agora, não ria, por favor) seria permitido chamar a Barbie de Ken. Por que no anarquismo absoluto as pessoas sequer são donas do próprio nome. "Eu chamo a Barbie de Ken quando eu quiser, uhhhhna! (e mostra violentamente a língua ao indigno e alienado interlocutor)" seria uma das frases mais comuns de se ouvir nesse tipo de governo, existente apenas nas cabeças dos mais puros seres terrenos e celestes, como duendes, fadas e anjinhos assexuados.
Numa democracia, digam o que disserem, aquele que falar que a Barbie se chama Ken deveria ser condenado à mais dorida pena de morte. Ou ter seu fígado devorado por trezentos e trinta anos por um, sei lá, um pombo-correio. Essa é a vontade da maioria. "Todos chamam a Barbie de Barbie, imbecil, você deve pagar por ter discordado da maioria". Mesmo que se tenha provas do travestismo da Barbie. Ela nunca vai deixar de ser Barbie pra ser Ken. A sociedade é contra isso.
Mas o que me assustou mesmo foi a possível reação positiva da sociedade a essa inovação.
Só mesmo no CAC pra ouvir tamanho disparate. E certamente o disparatado é gay. Fora eu o indignado e ignorante quanto a democracia, diria "Se eu quiser tratar por Moon Ha o Lion" ou ainda "tratar por Esqueleto o He-Man". No máximo diria "tratar por Coração Gelado o Campeão". Nunca usaria bonecos pra exemplificar nada. Digo, talvez os bonecos do Cavaleiros ou do Action Man, mas nunca a Barbie. Nunquinha, mesmo.
Mas o mundo está cada vez mais gay e logo vão inventar a Barbie Drag Queen ou a Barbie Traveção. Aí ela poderia se chamar Ken, em sua vida real. Mas o nome de guerra continuaria Barbie.




Este post foi escrito com muita prolixidade em homenagem a Lara, que me disse não mais prolixo e argumentou não comentar aqui por não crer na autoria destes textos, e com palavras legais em homenagem a Caio, que normalmente comenta aqui e gosta de palavras legais. Mais homenagens nos próximos posts. A próxima pode ser pra você! (da série "maneiras de manter a ansiosidade do leitor para ler ser blog")

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Atualização
(interrom
pemos a programação deste blog para a propaganda eleitoral gratuita.)

PSDB - 45














Primeira dama atual, pri
meira dama com o Alckmin.
(basta!)

20 março, 2006

Ser ou não ser.

Hoje pela manhã, assistindo à reprise de "Falcão - meninos do tráfico" no Bom Dia, Brasil - a Globo adora repetir as matérias do Fantástico no Bom Dia, toda semana mostra uma - descobri que sou fruto da esquizofrenia de algum traficante. É que um rapaz disse, anonimamente - tudo na Globo é sempre feito anonimamente, começo a achar que é tudo uma minissérie televisiva - que "nós vive a realidade, onde a bala come e a lei é a do cão". Essa vírgula me intrigou bastante, juro que a notei na fala do rapaz traficante-ator, como que excluindo da realidade todas as outras possibilidades de vida. Só é real quem vive no morro. O resto é falso. Talvez, leitor, vivamos no mundo das idéias, do Platão, ou em qualquer outro mundo irreal. Talvez, em verdade, nem vivamos, capaz de sermos mesmo frutos de alguma mente esquizofrênica.
Melhor assim. Ia me sentir muito mal vivendo na realidade. Já imaginou, eu, em um barraco, dormindo no chão - ou, se muito influente no morro, em algumas folhas de palmeira imperial -, esquivando-me pelas esquinas, em fuga a qualquer espécime de bala perdida? Dou graças por não existir.
A única coisa que não me agradou na reportagem foi o choque inicial. Vocês o devem ter sentido, também. Num momento você está aí, vivinho da silva e, no seguinte, pimba!, descobre que nunca existiu. É demais pra minha cabecinha imaginária.

18 março, 2006

Post três em um.

Eu detesto qualquer forma de sarcasmo comentado. Sabe aquele babaca que chega pra você, faz uma piadinha idiota e comenta "isso foi ironia, viu?". Se eu não estou rindo, não é por que eu não entendi. É por que a ironia foi péssima. Muito, muito, inexplicavelmente horrível.
Não encha o meu saco com "hã, hã?" e um balançar suave da mão, quase descrevendo um semi-círculo no ar, a não ser que o próprio "hã, hã?" seja em reconhecimento à péssima piada feita.
Se você conta uma ironia pra alguém, é pressuposto que esse alguém vá entender. Ou você ironiza pra pessoas de dois anos de idade? (sim isso foi uma [péssima] ironia, "hã, hã?").

Agora que eu expliquei que sarcasmo, ironia e blague - são quase a mesma coisa, existem diferenças sutis - não se explicam, vamos interromper este programa para a transmissão do horário eleitoral gratuito. Hoje, a campanha do Lula-lá.
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(locutor) Interrompemos este programa para transmissão do horário eleitoral gratuito. Dentro de instantes estaremos de volta com nossa programação normal.

(Lula, com sua língua presa) Companheiros, o mensalão foi que fez a pobreza brasileira diminuir. Não, não se assuste nem me xingue, companheiro, mas sou candidato por causa da corrupção. A bem da verdade, acho que corrupção deveria ser lei. Acompanhe a minha linha de raciocínio:
1° eu desvio o dinheiro de estatais.
Como todos sabem, o dinheiro das estatais é extremamente mal aproveitado, companheiro, pagando quinze salários anuais aos empregados e parte dos lucros aufe..., aufer..., auferid..., conseguidos durante o ano. Isso se chama ineficiência;
2° o dinheiro desviado vai para os grandes empresários e, como todos sabemos, companheiros e companheiras, os grandes empresários fazem investimentos, desenvolvem, a produção de bens de consumo;
3° a maior produção de bens de consumo com uma demanda constante no curto prazo leva a uma queda nos preços, possibilitando um maior acesso da população aos novos bens. Isso foi o Palocci que me disse;
4° população com acesso a novos bens é população menos pobre.
Não diga você que o dinheiro não é totalmente investido como desculpa. Se estivesse na Petrobras, por exemplo, ele sequer seria investido;
Não diga, também, que corrupção é crime. Esse tipo de corrupção é um apelo radical por uma economia de livre mercado socio-comunista-de-capital - sobre o dinheiro desviado não recaem impostos;
Não diga você que não está convencido, depois disso, de que o governo Lula não foi bom.
Diga "eu vou votar no Lula de novo por causa do estímulo à corrupção!"

Pela corrupção, vote 13. O Zagallo faz isso sempre.
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(locutor) Estamos de volta com o singelo mundo)

(eu) Do que é que eu tava falando mesmo (destesto horários eleitorais, eles me quebram a linha de raciocínio)? Oh, sim, falava sobre sarcasmo. Mas tudo de bom já foi dito - clichê, né?, deixa pra lá. Fique agora com a nossa pesquisa de opinião.

Qual desses nomes você acredita que o próximo blog futebolístico deve ter?
1- Futeblog
2- Bateblog
3- Bola Quadrada Futebol Clube


(Os nomes não são sarcasmo nem ironia, não ria deles, por favor. Eles são fruto de péssimas mentes sem criatividade).

15 março, 2006

Bordões

Estava pensando desesperadamente em um bordão pra mim. Descobri, no entanto, que não sou bom com bordões. Pensei em pedir ajuda a algum amigo publicitário, aí lembrei que eles também não são bons com isso. Quase desisti desse meu nobre intento quando me ocorreu que fazer um bordão não é tão difícil. Existem bordões péssimos e de muito sucesso. Só me falta a idéia original, a lâmpada sobre a cabeça. O Gil Gomes, por exemplo (lembram dele?), dizia sempre ao final de suas reportagens "Gil Gomes, Aqui e Agora". O problema é que quando acabou o Aqui e Agora - um dos melhores jornais da história, convenhamos - o Gil sumiu.
Outro bordão muito famoso - e esse independe de veículo - é o do Boris Casoy, "Isso é uma vergonha", diz ele ao fim de cada matéria sem sal editada por ele próprio a fim de fazer encaixar seu bordão. O defeito desse bordão é, notei, ser bom demais. Ele é melhor que a notícia veiculada. O bordão é a única lembrança que temos do Casoy quando desligamos a TV.
Por último me sucedeu a idéia de imitar o Zé Simão e pingar colírios alucinógenos nos meus olhos. Mas sou contra as drogas, detesto fariseísmo, mas eu realmente sou um santo.
Então, sem criatividade e extremamente apelativo, decidi misturar os três: "Gustavo, aqui e agora, para pingar vergonhosamente meu colírio alucinógeno".

Agora sim este blog emplaca!
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Pessoal, está rolando uma super-eleição para decidir qual o nome do próximo blog futebolístico. Os candidatos são:
1- Futeblog;
2- Bateblog;
3- Bola Quadrada Futebol Clube.

Sua opinião é sempre importante para nós.

13 março, 2006

Um dia pra ficar na História.

Ontem foi um dia feliz. Um dia em que o São Paulo derrotou humilhantemente (de novo [e não me venham com um "foi só dois a um"]) o Corinthians. O time milionário - e argentino - sucumbiu novamente às forças do futebol São Paulino - e brasileiro, já que Lugano estava suspenso.
Mas o melhor do dia não foi isso! Melhor foi ver o Antônio Lopes pedir demissão e dizer "para tirar a responsabilidade e pressão das costas do Kia e do Angioni eu prefiro deixar o cargo".
(???)
Ele, pra tirar a pressão dos outros, se demite? Geralmente uma "aliviada de pressão" - no bom sentido, seus depravados - é o patrão demitir o empregado e culpá-lo por tudo. Cínico, esse Antônio Lopes.
Ainda melhor é saber que o Lopes já foi o 14º treinador do time do Pacaembu que larga a cargo por perder pro SPFC.

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Mas ainda mais legal (que dia ótimo, acompanhei tudo à distância!) foi ler, na globo.com, a notícia de que os policiais gravaram um CD de rap em repulsa à atitude dos rappers originais, que odeiam os PM. Segue trecho de uma música, "Somos da polícia militar" - título bastante original.

"Se a noite se aproxima e o povo adormece
Não importa qual o clima, alguém sempre aparece
É o guardião da vida, sentinela do futuro
Que lhe cura as feridas, seja claro ou seja escuro"

(Eu ia negritar todo o texto, já que queria destacar as partes ruins. Decidi destacar as partes mais, hã, mais piores de todas, apenas)


Percebam que os policiais fizeram um curso rápido de Medicina Alternativa, para usar como desculpa para a ineficiencia em sua real função, "O exercício da medicina me ocupa muito o tempo, fico impedido de prender os bandidos". Mas ainda assim, prefiro ter as feridas curadas por um médico não policial.

Outra canção regravada pelos puliça foi "Pra não dizer que não falei das flores", do Vandré.
Juro que estou borbulhando de rir, aqui. (ia usar "me acabando de rir", mas não ficou singelo o bastante)
Já imagino a "Orquestra Viola Caipira", que gravou essa faixa com os PM, tocando a viola em som de Rap e os policiais balançando as mãos naquele movimento frenético feito por todos os rappers. Realmente lindo.
E mais: o título do CD é exatamente "Pra não dizer que não falei das flores". Uma das músicas com maior título da história - não me venham com "era um garoto...", estou falando de música - e eles ainda têm coragem de intitular um CD assim?
Será que esse CD vem com um encarte com as letras feitas pelos policial? Se vier, juro que compro. Tenho estado muito feliz ultimamente. Gosto de rir.

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Voltando a falar de futebol, logo, logo sairá um blog sobre futebol, feito por mim, pelo Paulo, pelo Rafael, talvez o Johnny e estou chorando para que Frost, o Jack, participe também.

Mais detalhes nos próximos posts.

10 março, 2006

Algo singelo, enfim!

Este é, provavelmente, o primeiro post singelo de verdade deste blog. É só um aviso...
Bem, hoje, depois da empolgante aula de três horas e meia de Sociologia da Comunicação e de dobrar o professor marxista ao meio e fazê-lo dizer que Marx estava errado (sim, eu fiz isso!), fui com o pessoal da sala - mas que estava tendo uma aula de fotografia, realmente mais interessante - fui para o laguinho (singelo nome, não?) da UFPE.
Lá, juntos, brincamos de pega-pega e dono da rua. Viramos cambalhotas na grama, deitamos e ficamos imaginando formas para as nuvens - Samantha chegou a apelar para um mosquito!. Cantamos músicas legais e brincamos de "qual é a música que tem a palavra (...)?".
Agora, depois de descrever tudo isso, estou na dúvida. Teria eu realmente feito algo singelo ou algo apenas pueril? Pior: eu fui um babaca completo? Não sei. Mas sei que gastei dois reais comprando água. Agora vejo que foi babaquice.
Mas teve um lado bom (muito bom!), que, quando eu descobrir, eu conto aqui.

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Atualização:
O lado muito bom de ontem, bem, quando fui dormir pensei:
- Há tempos não fazia tanto exercício físico!
Hoje acordei com as pernas doridas e lembrei que eu não ligo a mínima pra forma física ou pra saúde.

07 março, 2006

Alegria de pobre é ônibus.

Existe lugar mais profícuo para blogs que ônibus?
Estava eu num ônibus da linha CDU/B. Viagem/Caxangá, voltando pra casa quando, no final da Domingos Ferreira, surge uma multidão no meio da rua, umas vinte pessoas. Para minha infelicidade, todas bêbadas, pobres e inconvenientes. Pior: a poltrona ao meu lado era uma das poucas vazias no ônibus. Pior ainda: um cara bêbado e nojento sentou ao meu lado. Muito pior (sim, é uma sucessão inacreditável de lástimas): uma gorda com cara de prostituta sentou no colo dele. Pior (não. Chega de pior. A partir de agora todas as frases serão piores, até eu dizer algo em contrário): ele praticamente comia ela com as mãos, me imprensando na poltrona e me obrigando a assistir àquela cena. E mais: havia dois bêbados, amigos, suponho, brigando com uma garrafa de cerveja vazia.
-Tóin, a garrafa na cabeça de um;
-Tóin, a garrafa na cabeça doutro...
Até que um deles se irritou de verdade e tomou a garrafa do amigo para bater de com força, se não fosse o banguela intervir...
Muitas coisas ruins aconteceram, ainda, mas eu tenho preguiça de contar.
(chega de piores, agora as besteiras - sempre pertinentes - que eu falo)
Bom, vi na Ana Maria Braga que devemos sempre ver o lado bom da coisa, para não cair em depressão. Eu ralei muito até achar um lado bom pra isso: pelo menos não sou eu o pobre, bêbado, inconveniente que ia levar várias garrafadas na cabeça, pelo menos eles não desceram no mesmo ponto que eu...

(Ps. [adoro Ps.]: Essa história tinha tudo pra ser fictícia; quem dera fosse!)

01 março, 2006

Quarta-feira de cinzas

E eu já posso me orgulhar de não ter frevado nenhum dia. Ufa! Não fui forçado a ceder a esse ritmo "contagiante". Também não assisti a nenhum maracatu nem me emocionei com o Caetano Velos(z?)o emocionado com o maracatu rural.
Aliás, eu acho tudo a mesma coisa. Existe só uma música de Maracatu e duas de Frevo: "Meu maracatu é da coroa imperial" é o único maracatu.
Quanto aos frevos, menti, são três: Vassourinhas, o Galo da Madrugada (que, se não me engano, cita as vassourinhas) e o Hino de Pernambuco.
Imaginem vocês que em Pernambuco o hino vira marchinha. Depois me perguntam por que tenho vergonha de ser pernambucano. E viva o Rio de Janeiro.
"Salve, ó Terra dos Altos Coqueiros". Quanto orgulho!
Obs.: Minha Mocidade foi linda, foi ao céu, viajou ao infinito...
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Atualização: A mocidade foi linda, mas ficou em 10º lugar.