28 maio, 2007
Crime, castigo e redução da pena
Terminei de ler Crime e Castigo há uns dias. O castigo me pareceu - ó, Céus, como dizer sem parecer imbecil demais? -, me pareceu... bom, vou ser um pouquinho imbecil, é o jeito: o castigo me pareceu mais o sofrimento todo do Ródion que a prisão dele. A prisão foi, antes, o alívio da pena. Ele estava sofrendo demais até ir pra prisão, coitado. Era grosso com a Sônia e com a Dúnia, era mau. Na prisão ele se sentiu melhor, melhorou o humor, sempre triste. Se apaixonou e tudo. Mas eu não consegui dizer isso sem pensar que já foi dito milhares de vezes por pessoas chatas (não que eu tenha lido isso milhares de vezes, nunca li; se tivesse, dava o link pra vocês e pronto, me poupava de falar. Talvez até comentasse "olha que imbecil, vê o que ele achou que era o castigo", pois me parece que essa é exatamente a interpretação dos piores críticos literários e eu quase fico triste por concordar com eles, como aquela coisa de dizer que o personagem principal de um romance é a seca, vocês sabem [com isso não concordo, não]).
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