01 agosto, 2007

Ainda a literatura brasileira

Eu queria gostar de ressalvas pra jogar milhares nas suas caras e ficar feliz com isso, mas vou fazer isso mesmo sem gostar, um sofrimento em prol do Brasil - que, apesar de ser como é, sujo, fedido e mal educado, acho bem divertido às vezes. Lima Barreto (Pum!), Luís Fernando Veríssimo (Soc!), João Cabral (Pow!), Millôr (Paf!) e... acho que tá bom. Muito esforço tentar lembrar de mais.

Ah, sim, claro: Campos de Carvalho (golpe de misericórdia em salvação da literatura brasileira com onomatopéia trocada: Splash!).
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Outro dia o Frost me contou uma coisa que me deu até um orgulhinho de morar em Recife. Um empresário ia embarcar daqui pra Belo Horizonte e pediu fones de ouvido pra aeromoça. Reproduzo abaixo em diálogo provável:

- Aeromoça, traz fones de ouvido pra mim?

- Infelizmente, senhor, os fones da nave não estão funcionado.

- Ah, just like the breaks, uh? (pensei em algo em português, mas ficou tão pior que resolvi deixar assim. Último recurso.

Mas o orgulho some sempre que me lembro que ele foi expulso do vôo pela piada (a aeromoça, parece, ficou ofendidíssima). Um país que não aceita uma piada como crítica não está pronto a aceitar crítica alguma.

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