23 novembro, 2007

Quando metade vale mais que o todo

Entender o que satisfaz algumas pessoas é tarefa difícil. Elas odeiam mais os punks (emos, hippies, góticos etc.) de butique que os punks de verdade, os completos. A única razão que enxergo é que os que só se vestem como pessoas do estereótipo têm alguma coisa em comum com quem as odeia - tomam banho, compram roupas de marca, usam acessórios importados e não odeiam o sistema.

Odiar esse tipo de gente pelas suas características positivas é sempre se odiar um pouquinho ou odiar que suas qualidades não sejam imiscíveis a defeitos - e, portanto, que, talvez, ela mesma tenha algum defeito bem escondido, tipo o mau gosto pra perfume que a leva a comprar sempre o mesmo francês enjoativo. É um sentimento egoísta o que as leva a odiar muito mais as cheirosas meninas de saia hippie que as hippies com piolho e doze tipos de DST.

Eu, por outro lado, sou um homem que reflete muito sobre as coisas - alguém um dia dirá que meu blog é povoado por "elucubrações filosóficas" -, e sei que devem-se odiar mais as coisas na medida em que tenham mais defeitos, e que comemorar a cada semelhança comigo que encontremos nas pessoas é a atitude mais correta.

Neste espaço imaginem fotos de pessoas com dreads verdadeiros ao lado de dreads falsos, e - esse é o caso mais grave - meninas com brincos de índios e saias hippie e índios de verdade, nus, dançando em volta de uma aldeia hippie para atrair chuva durante uma orgia. Ou busquem no google, deve ter algo semelhante por lá.

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