Morreu o meu escritor preferido em infância. Não sei se deixou muito para a herdeira, ou se, no reverso da medalha, deixou apenas dívidas. Sheldon conheceu o lado bom da vida e também a outra face, aquela em que ele se via como um estranho no espelho. Mas estava escrito nas estrelas: ele não viveria para o juízo final. Por um capricho dos deuses, as areias do tempo se esgotaram na ampulheta da vida de Sheldon. Manhã, tarde e noite ele se dedicou a escrever e, se não despertou a ira dos anjos, é porque suas lembranças da meia-noite possibilitaram o plano perfeito: "quando o céu está caindo um lado meu chora, o outro lado de mim sabe que nada dura para sempre, apesar de 89 anos parecerem uma eternidade".
Quem tem medo do escuro saia, pois vou apagar a luz e fechar o blog por três dias. Quem não tem, fique e conte-me seus sonhos, que eu ficarei meio entediado nesses três dias no escuro.
E me desculpem o texto meio clichê, mas amanhã eu me arrependo. Se houver amanhã.
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