23 abril, 2007

Lendo Seymour - uma introdução esta noite, lá pelas vinte ou trinta últimas páginas, parei de ler, de repente, porque me dei conta de que não foi Seymour quem mais me agradou. Foi Walt. Buddy quase não fala de Walt, mas quando fala sempre se refere a algo tão simples, tão óbvio que foi notado por Walt , que não consigo deixar de preferi-lo. É Walt quem supõe - e esse, para mim, por algum motivo que examinarei mais pacientemente, é o ápice do livro - que a mãe deles simplesmente perguntou a um guarda onde deveria comprar as roupas de seus filhos.

Seymour - e não tomem isso como uma antipatia por protagonistas - é, dos sete irmãos, o sexto em minha preferência. Walt, Franny e Zooey, Boo Boo e Buddy, Seymour e, enfim, o gêmeo de Walt, cujo nome não me recordo.

Isso não significa, de forma alguma, que Seymour seja ruim: só mostra que toda a família é de fato excepcional.
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Update: Lendo, hoje de manhã, às páginas restantes, Seymour pulou da sexta posição para a segunda, empatado com Franny e Zooey, e Waker, o irmão de que não me lembrava, empatou com Buddy e Boo Boo. Isso se deve a duas passagens em especial: à que fala de Seymour praticando esportes, vários esportes, especialmente bolinhas de gude, e seu jeito de praticá-los e à cena da bicicleta de Waker.

No fim das contas, a família é toda muito equilibrada, e Salinger, contando coisas sobre Seymour, nos faz afeiçoar a cada um dos sete irmãos.

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